por Alveni Lisboa
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira, 6, por 332 votos a 1, o projeto que estabelece novas regras de parcelamento de dívidas das micro e pequenas empresas junto ao Simples Nacional. O texto cria um regime especial para tributos vencidos até novembro de 2017, aplicando-se inclusive para aqueles parcelados inicialmente pela Lei Complementar nº 123/2006 e pela Lei Complementar nº 155/2016, que reformulou regras do regime e permitiu parcelamento em 120 meses. A matéria agora segue para o Senado, onde precisará ser analisada inicialmente nas comissões.
Os interessados poderão aderir ao parcelamento em até 90 dias após a data de publicação da futura lei complementar. O pedido implicará a desistência de parcelamento anterior. As prestações mensais serão acrescidas da taxa Selic e de 1% relativo ao mês de pagamento.
Comentário do professor Jacoby Fernandes: o Congresso já havia aprovado um programa de refinanciamento para grandes empresas. É justo, então, que haja uma adaptação do regime diferenciado para a micro e pequena empresa, afinal essa categoria abarca mais de 99% dos empreendimentos no Brasil, conforme dados do Sebrae. Para se ter uma ideia do impacto: mais de 52% dos empregos com carteira assinada provêm das ME/EPPs. Por ter um faturamento reduzido, essas empresas são as que mais sofrem com os impactos de uma crise econômica, razão pela qual muitas deixaram de estar em dia com as obrigações tributárias. Com parcelas mais amigáveis e redução das taxas de juros, as empresas podem voltar a crescer, gerar empregos e impulsionar a economia.
Com informações da Agência Câmara.