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Pesquisa aponta que crise não aumentou controle de gastos no Brasil

por Matheus Brandão

Nos últimos meses, ainda que lentamente, os indicadores econômicos brasileiros têm demonstrado que o País iniciou um processo de reação à crise. Taxa de juros reduzida e inflação baixa informam uma recuperação do potencial econômico nacional. A crise, porém, não modificou a situação de controle de despesas das famílias brasileiras, conforme demonstra pesquisa recente publicada no jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com os dados divulgados, oito em cada 10 consumidores brasileiros não conseguiram fechar as contas do mês apenas com o orçamento. “Eu tinha a impressão de que a crise ia ter um impacto positivo, que elas iriam colocar a vida financeira como prioridade. Mas ninguém controla gastos. Ou seja, mesmo sem crise, a gente vai continuar com inadimplência alta, crédito com juros altos”, destaca Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, entidade que realizou a pesquisa.

A reportagem da Folha de S. Paulo aponta que, entre os entrevistados, 32% tomaram algum tipo de empréstimo para pagar as contas no ano passado, e 59% relataram, como a maior dificuldade, fazer o controle do orçamento.

Comentário do professor Jacoby Fernandes: produzir uma mudança de hábitos entre as famílias brasileiras leva certo tempo. Modificar a visão de um estímulo ao consumo e buscar um controle racional de gastos depende principalmente de demonstrar que há meios possíveis de se viver sem, necessariamente, buscar o endividamento por meio de crédito fácil junto aos bancos.

A matéria destaca a educação financeira como o caminho para essa mudança na relação do brasileiro com o seu equilíbrio orçamentário. Isso é um desafio para os educadores. Quanto mais cedo for posto em prática, mais rápido perceberemos o resultado entre as nossas famílias.

Fonte: jornal Folha de S. Paulo.

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