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Portaria prevê consumo racional de energia elétrica em prédios públicos

Você sabia que cerca de 50% de toda a energia elétrica consumida no país vem de prédios residenciais, comerciais, de serviços e públicos? Para tentar reduzir a parcela de consumo neste montante, o governo federal tomou uma iniciativa: desde fevereiro deste ano, os funcionários que trabalham em prédios públicos federais precisam seguir novas regras para economizar energia.
No dia 13 de fevereiro foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) uma portaria que estabelece as medidas a serem adotadas para reduzir o consumo de energia elétrica e também de água nos prédios públicos brasileiros. É o chamado Projeto Esplanada Sustentável.
Na ocasião, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que o objetivo era reduzir o consumo de energia nos edifícios federais em cerca de 30%. Entre as orientações, estão medidas simples, como manter portas e janelas fechadas quando o ar-condicionado estiver ligado, desligá-lo quando não houver ninguém no ambiente de evitar usá-lo no horário de pico – ou seja, após as 18h.
A preocupação com ar-condicionado tem fundamento. Um estudo feito pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e pela Eletrobras, em 2001, 48% do consumo de energia elétrica em prédios públicos vem do ar-condicionado, enquanto 24% é gasto com iluminação, 15% com equipamentos de escritório e 13% com elevadores e bombas. Entre os prédios públicos, 46% dos gastos são em prédios federais, 31% em edifícios municipais e 24% em construções estaduais.
Em 2001, segundo a Eletrobras, os prédios públicos brasileiros consumiam algo em torno de 8,5 bilhões de kWh por ano, o que significava que 643 milhões de dólares eram destinados a pagar somente pelo consumo de energia elétrica durante um ano.
Com estes números, os servidores têm ainda mais recomendações: desligar monitor dos computadores, impressoras, estabilizadores e caixas de som após o uso e evitar que portas de geladeiras e freezers fiquem abertas sem necessidade. Outra prática incentivada é desligar as luzes que não estiverem em uso, principalmente durante o horário de almoço e após o expediente. Também se deve acionar apenas um elevador e, sempre que possível, usar as escadas para acessar os primeiros andares.
Nenhuma das medidas recomendadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) difere das práticas de economia consciente que o cidadão comum deve adotar em casa e até em empresas privadas para ajudar a economizar energia. Mas, nos prédios públicos, o acompanhamento dos resultados é feito por meio de relatórios enviados pelos gestores de cada área.
Para garantir que a economia aconteça, de fato, o MME lançou, no dia 18 de março, um Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas. O material, de quase 300 páginas, ensina os gestores a como trabalhar para ajudar a reduzir o consumo.
O governo também instituir a etiquetagem em edificações públicas, o que obriga que os próximos prédios construídos com verba federal tenha um padrão sustentável e econômico. Segundo informações do governo federal, os novos prédios construídos de acordo com os padrões instituídos pela Etiquetagem PBE Edifica podem alcançar uma economia de até 50%. Já os prédios existentes, depois de grandes reformas nos mesmos padrões, podem economizar até 30% de energia.

Fonte: Portal Correio da Bahia

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