por Alveni Lisboa
O presidente da República, Jair Bolsonaro, declarou em entrevista realizada ontem, 4, que a proposta de reforma da Previdência em discussão no governo prevê a idade mínima de 62 anos para os homens e 57 anos para as mulheres com aumento gradativo. Segundo Bolsonaro, seria mais um ano a partir da promulgação e outro em 2022, mas com diferenças de idade mínima de acordo com a categoria profissional e a expectativa de vida.
Bolsonaro afirmou que a previdência é o fator que mais pesa no Orçamento e que a solução para a maioria dos problemas é eliminar privilégios e distorções. Ele também descartou aumentar a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores, que hoje está em 11%, percentual bem inferior ao da iniciativa privada. Frisou, ainda, que a reforma não vai estabelecer regras únicas para todos os setores e todas as categorias profissionais.
Comentários do professor Jacoby Fernandes: em toda reforma profunda, espera-se que haja um período de transição para que toda a população e os operadores da lei possam se adequar. É o que, aparentemente, pretende-se com a atual Reforma da Previdência: ela seria um experimento para que o governo pudesse avaliar o que precisa ser aprimorado. É necessário muita cautela ao tratar deste tema, que possui elevado grau de impacto social. Não se pode, por exemplo, obrigar um trabalhador do campo a utilizar enxada até os 65 anos. Ou fazer com que um estivador com a idade avançada carregue pesadas sacas nas costas. É necessário que haja uma flexibilização para categorias especiais, com adaptações necessárias, levando em conta, inclusive, a estimativa de vida da população naquela localidade.
Com informações da Agência Brasil.
