por Alveni Lisboa
O Tribunal de Contas da União – TCU anunciou que realizará acompanhamento das empresas estatais para verificar o enquadramento à Lei das Estatais – Lei nº 13.303/2016 – até o prazo final para essa adequação: 30 de junho deste ano. O objetivo é analisar preventivamente se todas estão se adequando ao novo regulamento, que criou regras mais claras para as estatais, evitando-se uma possível prorrogação do início do vigor da Lei nº 13.303/2016.
O presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, ressaltou que já está em andamento a fiscalização instruída pela Secretaria de Controle Externo da Administração Indireta no Estado do Rio de Janeiro – SecexEstataisRJ, sob a relatoria do ministro José Mucio Monteiro. O ministro-presidente entende, porém, que a situação pede urgência. Por isso, decidiu acolher, de imediato, proposta encaminhada pela SecexEstataisRJ de comunicação direcionada: “Para reforçar essa iniciativa, determinei diligências, com absoluta prioridade, junto ao Ministério do Planejamento e à Casa Civil da Presidência da República, para que nos informem sobre o andamento do enquadramento das estatais”, afirmou Carreiro.
O Tribunal também determinou a realização de diligência na Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – Sest, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. O objetivo é obter a relação das empresas estatais federais que utilizam programas de distribuição de resultados aos dirigentes e aos quadros funcionais, com os correspondentes montantes envolvidos nesses programas; a sua fundamentação legal; e a situação de dependência de cada estatal em relação ao Tesouro Nacional, nos últimos cinco anos. A partir dos dados levantados, será elaborada análise sobre os reflexos nas contas públicas.
Comentário do professor Jacoby Fernandes: a Lei das Estatais veio para modernizar as normas e estabelecer regras que permitam que estatais se mantenham com recursos próprios, sem depender de financiamento proveniente do Tesouro. Isso porque, de acordo com o TCU, as empresas estatais não poderiam usar esses recursos do orçamento da União para pagar dividendos aos dirigentes e servidores. O objetivo do governo com as mudanças é tornar a gestão das estatais mais transparente e profissional, buscando o superávit e a independência orçamentária. É fundamental ressaltar que a referida lei cria procedimentos específicos para licitações, as quais possuem diferenças das práticas adotadas nos órgãos públicos.
Com informações do Tribunal de Contas da União.