Entre os fatores que justificariam a alta está o crescimento de 12,37% na arrecadação do IRPJ/CSLL e de 6,78% na Cofins e PIS/Pasep. Além disso, a Receita listou o crescimento das arrecadações relacionadas a depósitos judiciais e o incremento de ações de cobrança.
por Alveni Lisboa
A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 1,457 trilhão em 2018, um aumento real de 4,74% na comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados pela Receita Federal e revelaram que, em 2017, a arrecadação federal havia somado R$ 1,342 trilhão. O valor arrecadado foi o melhor desempenho anual desde 2014.
O resultado ficou dentro do intervalo de expectativas de 18 instituições brasileiras, algo entre R$ 1,455 trilhão e R$ 1,497 trilhão, com mediana de R$ 1,460 trilhão. Entre os fatores que justificariam a alta está o crescimento de 12,37% na arrecadação do IRPJ/CSLL e de 6,78% na Cofins e PIS/Pasep. Além disso, a Receita listou o crescimento das arrecadações relacionadas a depósitos judiciais e o incremento de ações de cobrança.
Um dos alvos da nova equipe econômica, as desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 84,239 bilhões em 2018, valor maior do que em 2017, quando somou em R$ 83,643 bilhões. O Congresso aprovou em agosto a reoneração da folha de 39 setores da economia, como contrapartida exigida pelo governo para dar o desconto tributário no diesel prometido aos caminhoneiros que estavam em greve. Pela lei aprovada, outros 17 setores manterão o benefício até 2020.
Comentários do professor Jacoby Fernandes: os dados revelam que o país tem voltado a crescer economicamente. Mais arrecadação representa mais desenvolvimento, o que significa que os empresários estão voltando a investir e o cidadão está conseguindo ter condições financeiras para voltar a consumir. Aos poucos, graças ao esforço de austeridade empregado pelos gestores federais, dos estados e dos municípios, a economia brasileira começa a retomar o patamar que já teve. Caso o governo Bolsonaro consiga promover as reformas que têm anunciado, a perspectiva de melhoria pode ser ainda mais acentuada para 2019. Vamos aguardar e acompanhar.
Com informações da revista Istoé Dinheiro.