O índice inflacionário é importante para o gestor porque impacta no equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Com insumos mais caros, é natural que o contratado pleiteie o reequilíbrio com forma de suprimir as suas perdas e manter sua margem de lucro.
por Alveni Lisboa
O Banco Central divulgou dados otimistas para a economia: a inflação em 2018 e nos próximos anos deverá ser mais baixa do que os analistas econômicos esperavam. A queda no valor do dólar e no preço do petróleo influenciaram itens como gasolina e botijão de gás. Outro fator que contribuiu para reduzir as previsões da inflação foram as mudanças nas bandeiras tarifárias da energia elétrica.
Os cálculos foram feitos tomando como base um cenário em que o dólar permanece em R$ 3,85 e a taxa básica de juros, a Selic, segue em 6,5% ao ano. Nesta situação, a previsão para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, caiu de 4,4% para 3,7%. Para 2019, a projeção passou de 4,5% para 4%. Já para 2020, o recuo saiu de 4,2% para 4%, e, no ano seguinte, de 4,2% para 4,1%.
A taxa Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação. Quando o Comitê de Política Monetária – Copom reduz os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter o consumo elevado, porque os juros maiores encarecem o crédito, desestimulam o endividamento e faz com que as pessoas guardam mais dinheiro.
Comentários do professor Jacoby Fernandes: o índice inflacionário é importante para o gestor porque impacta no equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Com insumos mais caros, é natural que o contratado pleiteie o reequilíbrio com forma de suprimir as suas perdas e manter sua margem de lucro. Não deve o administrador público conceder o reequilíbrio confiando apenas nos dados apresentados pelo contratado. Ao contrário, impõe-se lhe o dever de verificar, item por item, a compatibilidade e a veracidade da informação apresentada. Acautelar-se é sempre a melhor postura, pois evita futuras responsabilizações pelos tribunais de contas.
Com informações da Agência Brasil.