Estudo publicado pela empresa Ipsos revela que os brasileiros são os mais insatisfeitos com a infraestrutura nacional. A informação foi publicada em matéria da jornalista Simone Kafruni, veiculada no jornal Correio Braziliense de ontem. A reportagem destaca que a média global de insatisfeitos com a infraestrutura de cada país é de 30%.
por Matheus Brandão
Estudo publicado pela empresa Ipsos revela que os brasileiros são os mais insatisfeitos com a infraestrutura nacional. A informação foi publicada em matéria da jornalista Simone Kafruni, veiculada no jornal Correio Braziliense de ontem. A reportagem destaca que a média global de insatisfeitos com a infraestrutura de cada país é de 30%. O Brasil, porém, tem índice de 60% dos entrevistados desgostosos e lidera o ranking, seguido por África do Sul, Sérvia e Itália.
Para o, diretor da Ipsos, Danilo Cersosimo, o levantamento retrata uma situação antiga no histórico brasileiro. “O Brasil sempre teve infraestrutura precária. Houve fases de mais investimento, mas nunca algo contínuo e sustentável”, avaliou. O especialista destacou ainda que, no Brasil, não se discute infraestrutura sob a ótica de política pública e de desenvolvimento sustentável. “Só se fala de grandes obras para geração de emprego. O argumento é bem utilitarista”.
Em avaliações pontuais, vale destacar que, na pesquisa mundial, os aeroportos são mais bem analisados, com 68% de avaliação ótima ou boa entre os países. Os aeroportos brasileiros, porém ocupam a última colocação, com aprovação de 47%. Já as rodovias brasileiras contem com satisfação de apenas 29% dos entrevistados.
Comentário do professor Jacoby Fernandes: pela leitura da matéria, é possível observar um padrão de insatisfação dos brasileiros em relação a equipamentos públicos. Ocorre que essa constatação não é nova. Mesmo com as obras de mobilidade implantadas no período da Copa do Mundo ou das Olimpíadas, o País ainda carece de uma infraestrutura adequada para o seu desenvolvimento.
Cada vez mais o Governo enxerga na iniciativa privada o parceiro necessário para a realização de obras e gerenciamento de atividades que garantam à população uma prestação eficiente de serviços. Cabe à Administração Pública, assim, desenvolver as parcerias e se preparar para realizar bem o processo de fiscalização na execução dessas obras e serviços.
Com informações do jornal Correio Braziliense.
