Corrupção é a maior preocupação do brasileiro

Pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada nesta terça-feira (26) revela que o brasileiro está cada vez mais preocupado com a corrupção e com os impactos da crise econômica. Para 65% dos entrevistados no final do ano passado, a corrupção foi apontada como o principal problema do país e, no questionário sobre as prioridades para 2016, o tema aparece em terceiro lugar. 

Pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada nesta terça-feira (26) revela que o brasileiro está cada vez mais preocupado com a corrupção e com os impactos da crise econômica. Para 65% dos entrevistados no final do ano passado, a corrupção foi apontada como o principal problema do país e, no questionário sobre as prioridades para 2016, o tema aparece em terceiro lugar. 

Em 2014, na mesma pesquisa, a corrupção era o terceiro item da lista de preocupação no país. O levantamento, feito em parceria com o Ibope Inteligência, entrevistou 2.002 pessoas, em 143 municípios, entre os dias 4 e 7 de dezembro de 2015.

A pesquisa apontou ainda que as drogas estão em segundo lugar, como um dos itens que assustam brasileiros: 61% dos entrevistados apontam como um problema extremamente grave. Em seguida, está a violência, com 57%. A lentidão da justiça/impunidade também subiu no ranking e passou do sexto para o quarto lugar, de acordo com os entrevistados. 

Entre as prioridades para 2016, a corrupção perde lugar para saúde e inflação. Segundo 36% dos brasileiros, a necessidade de melhorias no serviço de saúde deve ocupar o topo da lista. Em segundo lugar, destacado por 31% dos entrevistados, apareceu mais uma vez o controle da inflação. Somente depois desses dois itens, veio o combate à corrupção, com 26%.

A geração de empregos ficou empatada com o combate à corrupção, em 3º lugar. Esse foi o item que deu um salto, mostrando a crescente preocupação da população com o desemprego. Foi apontado como prioritário por 26% ante 14%, em 2014.

Um dos fatores que contribuíram para o resultado foi o escândalo de corrupção na Petrobras, revelado pela Operação Lava-Jato. Em 2015, a operação mostrou o envolvimento de 24 deputados federais e 14 senadores, além de um ministro de estado e um ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) e ex-parlamentares. Ao todo, apenas no STF (Supremo Tribunal Federal), existem 38 inquéritos que investigam o envolvimento de 72 pessoas, entre parlamentares e operadores do esquema.

Entre os investigados, estão os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), além do senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB/AL), personagem central também do primeiro grande escândalo de corrupção ocorrido depois da redemocratização do país, em 1992. 

Um quarto de século depois, Collor, que sofreu impeachment por causa da corrupção, se tornou um dos principais nomes do novo esquema, alvo de quatro inquéritos que tramitam no STF. O ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT/MS), foi preso em flagrante por uma decisão inédita do STF tentando obstruir as investigações da Operação Lava-Jato. Delcídio é o primeiro parlamentar preso no exercício do mandato, o que ampliou a repercussão do escândalo.

Fonte: Fato Online.

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