Para o Sindifisco, se a tabela tivesse sido integralmente corrigida, os contribuintes que ganham até R$ 3.689,93 seriam isentos de imposto de renda.
por Matheus Brandão
Estudo realizado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal – Sindifisco Nacional atestou que a defasagem na tabela do imposto de renda para pessoa física chega a 95,46%. A análise foi realizada com base na diferença entre a inflação oficial calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA e as correções da tabela de imposto de renda entre 1996 a 2018.
Para o Sindifisco, se a tabela tivesse sido integralmente corrigida, os contribuintes que ganham até R$ 3.689,93 seriam isentos de imposto de renda. A entidade explica que o atraso na correção não só aumenta o imposto descontado, como diminui as deduções. Matéria publicada pela Agência Brasil destaca que desde o ano de 2015, a tabela do Imposto de Renda não sofre alteração.
Ao final, a reportagem informa que a falta de correção na tabela prejudica principalmente os contribuintes de menor renda, que estariam na faixa de isenção, mas são tributados em razão da defasagem.
Comentário do professor Jacoby Fernandes: a questão tributária é um dos grandes desafios que o novo governo deverá enfrentar em breve, após o encaminhamento da Reforma da Previdência, prioridade neste momento. O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, já informou que a equipe da reforma tributária estuda o tema e que o imposto de renda é um capítulo que vai ser analisado posteriormente, “no tempo devido”.
O estudo apresentado pelo Sindifisco poderá ser considerado neste trabalho de análise dos dados para a reforma tributária. É importante que as perdas inflacionárias sejam reconhecidas nos cálculos, como forma de manter o poder de compra do contribuinte preservado.
Com informações da Agência Brasil.