O diretor da OCDE destaca a necessidade de se investir nas áreas que promovam o desenvolvimento do setor educacional. “Mesmo quando o gasto médio parece adequado, isso não significa automaticamente que o dinheiro é empregado onde ele pode fazer maior diferença.
por Matheus Brandão
Em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo, Andreas Schleicher, diretor do departamento educacional da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE, afirma que o Brasil investe com pouca eficiência em seu sistema educacional. Ele explica que, apesar de os valores dos investimentos serem altos, ainda não há um reflexo claro na melhoria da qualidade.
O diretor da OCDE destaca a necessidade de se investir nas áreas que promovam o desenvolvimento do setor educacional. “Mesmo quando o gasto médio parece adequado, isso não significa automaticamente que o dinheiro é empregado onde ele pode fazer maior diferença. A chave é priorizar o gasto de forma que ele possa aumentar a qualidade do magistério, casar recursos com necessidade”, explica Schleicher.
Ainda é apontada na entrevista a necessidade de estimular os alunos em relação aos resultados positivos do estudo em suas vidas. “Os sistemas ibero-americanos precisam aumentar as expectativas dos alunos sobre seu bem-estar e suas perspectivas futuras. As escolas podem ajudar fornecendo aconselhamento acadêmico e profissional para todos os alunos”, destaca o diretor da ODCE.
Comentário do professor Jacoby Fernandes: a chave para o desenvolvimento nacional passa necessariamente pela educação. Como ficou demonstrado na fala do diretor da OCDE, muitas vezes o problema brasileiro está mais relacionado com a forma de aplicar os recursos públicos que com a sua falta ou inexistência. O Brasil padece de uma falta de visão estratégica na aplicação das verbas existentes.
A partir de exemplos de países que possuem realidade similar à nossa e que apresentam resultados mais expressivos na educação, poderá ser possível construir um modelo que consiga suprir com maior eficiência as necessidades dos estudantes e futuros profissionais brasileiros.
Com informações do jornal Folha de S. Paulo.