Governo Federal adota elevação automática de preços em grandes obras para diminuir o risco das empreiteiras

Já no edital será estimado um valor extra para compensar custos que eventualmente surjam durante a execução obra. Hoje empresas ameaçam não participar de licitações de obras de alto risco.

O Governo Federal alterou o modelo de contratação de grandes obras e incorporou uma elevação automática de preços sobre o orçamento inicial do projeto para reduzir os riscos das empreiteiras. Chamada de “adicional de risco”, essa elevação é uma forma de compensar os tradicionais aditivos, que foram praticamente extintos em 2011 com a criação do Regime Diferenciado de Contratação (RDC). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

A partir de agora, o governo insere, já no orçamento do edital, um valor extra para compensar custos que eventualmente surjam durante a execução obra. Esse valor extra, que varia de acordo com o risco estimado pelo governo, é adicionado ao custo da obra e é desembolsado independentemente da ocorrência dos obstáculos. Sem isso, empresas ameaçavam não participar de licitações de obras de alto risco.

No Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), primeiro órgão a adotar a novidade, o extra vai girar em torno de 17%, percentual que é uma média histórica dos aditivos anteriores. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o diretor-executivo do Dnit, Tarcisio Freitas, afirmou que “nos EUA, após a implantação desse sistema, os custos baixaram 3% e, mais importante, o tempo da obra passou a ser 14% menor.”

 Fonte: Piniweb

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