Uma das ações é a construção de uma usina dessalinizadora na região metropolitana de Fortaleza/CE, que tornaria potável mil litros por segundo de água do mar. A ideia é lançar o Plano em comemoração aos cem dias de governo.
por Alveni Lisboa
O Governo Federal deverá apresentar, no início de abril, uma lista com 114 obras para garantir o abastecimento de água até 2035 em todo o Brasil. O Plano Nacional de Segurança Hídrica contemplará projetos que somam investimentos de R$ 25 bilhões. A ideia é que o Plano contemple apenas obras grandes, que beneficiem milhares de pessoas. As intervenções menores, como a construção de pequenos açudes ou perfuração de poços deverão ser inseridas no Atlas da Água de 2020.
Do total de projetos, 66 são no Nordeste, região mais afetada pela falta de água, o que deve somar um valor aproximado de R$ 17 bilhões. Uma das ações é a construção de uma usina dessalinizadora na região metropolitana de Fortaleza/CE, que tornaria potável mil litros por segundo de água do mar. A ideia é lançar o Plano em comemoração aos cem dias de governo. A conclusão do Cinturão das Águas do Ceará e da Vertente Litorânea deve ser outra obra que avançará para beneficiar moradores de dois estados brasileiros: Ceará e Paraíba.
Outra novidade que poderá vir junto com o Plano é a instalação de câmaras de conciliação com cada Estado individualmente, no âmbito da Advocacia-Geral da União – AGU. A estratégia tem por objetivo alinhar esforços com os governos locais e ajudar a definir de forma breve questões importantes como os custos de operação e manutenção do projeto.
Comentários do professor Jacoby Fernandes: muitas Unidades da Federação têm passado por situações que revelam o quão valioso é o investimento no abastecimento de água. São Paulo passou por uma grave crise hídrica que comprometeu a geração de energia e o abastecimento em muitos municípios. No DF, também passamos por um racionamento de água que deixou os brasilienses sem água ao menos um dia na semana. Medidas como essa tem imenso impacto para o consumidor e para os empreendedores, que amargam prejuízos quando a água é cortada. É necessário investir no segmento para que este recurso tão precioso e vital jamais falte nas torneiras do cidadão brasileiro.
Com informações do Valor Econômico.