Governo planeja construir anexos dos prédios da Esplanada

A ideia é concentrar os servidores da União no local, reduzindo, assim, gastos com aluguel de imóveis que consomem cerca de R$ 1,4 bilhão anuais dos cofres federais. A autorização para a replicação dos demais anexos deve custar R$ 2,5 milhões aos cofres públicos.

por Alveni Lisboa

A Secretaria do Patrimônio da União – SPU, vinculada ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, planeja a construção de cinco anexos dos prédios da Esplanada dos Ministérios. A ideia é concentrar os servidores da União no local, reduzindo, assim, gastos com aluguel de imóveis que consomem cerca de R$ 1,4 bilhão anuais dos cofres federais. A autorização para a replicação dos demais anexos deve custar R$ 2,5 milhões aos cofres públicos.

Nos próximos dias, a SPU assinará contrato com a Fundação Oscar Niemeyer para dar andamento à construção dos anexos, conforme previsto no projeto original da região administrativa do governo federal. O contrato autorizará o governo a replicar o projeto para edificação de, pelo menos, outros cinco anexos.

Atualmente, apenas nove dos 17 blocos possuem anexos construídos. A autorização para o uso do projeto de Oscar Niemeyer na construção do anexo do bloco K foi assinada no último mês de agosto. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – Infraero é a responsável pela elaboração dos projetos complementares de engenharia e de arquitetura para dar início à obra. Cada anexo deverá abrigar entre 1.800 e 2.700 servidores.

Comentário do professor Jacoby Fernandes: o objetivo da medida é reduzir gastos e diminuir despesas com alugueis. A vantagem principal é que os projeto estão sendo elaborados sem custo para a União, em razão da parceria com a Infraero. O que é necessário avaliar é se o custo-benefício será, de fato, positivo. Isso porque os imóveis necessitam de constante manutenção, a qual deverá ser integralmente arcada pelo Poder Público. Em muitos ministérios, as estruturas são antigas e estão sucateadas pela ausência de reformas periódicas. Haverá, ainda, um aumento no fluxo de pessoas e veículos na Esplanada, o que deverá ter severo impacto urbanístico na região, que carece de mais estacionamentos e investimentos em mobilidade.

Com informações do Ministério do Planejamento.