Apesar da evolução no iGG, o relator, ministro Bruno Dantas, alertou que a situação ainda é preocupante, pois existe elevada probabilidade de ocorrerem diversos eventos negativos.
por Alveni Lisboa
O Tribunal de Contas da União – TCU divulgou ontem, 29, o resultado do trabalho que atribuiu índices de Governança e Gestão – iGG a 498 instituições federais. O TCU verificou que a governança e a gestão na Administração Pública Federal obteve importantes avanços em um ano, já que mais da metade – 53% – das instituições analisadas obtiveram avaliação intermediária ou aprimorada.
Apesar da evolução no iGG, o relator, ministro Bruno Dantas, alertou que a situação ainda é preocupante, pois existe elevada probabilidade de ocorrerem diversos eventos negativos, tais como: “força de trabalho ociosa em algumas unidades e insuficiente em outras; falta de competências requeridas – que pode ser agravada por aposentadorias iminentes; e desperdício de recursos com a contratação de pessoas sem real necessidade ou perfil profissional inadequado”.
Em 2018, o número de organizações com iGG em estágio aprimorado passou de 3% para 9% e, em estágio intermediário, de 39% para 44%. Além disso, reduziu-se de 58% para 47% o número de organizações com níveis iniciais de capacidades em governança e gestão. Essa tendência ocorre em todos os grupos de instituições federais analisadas: tribunais, empresas, autarquias e fundações, e órgãos da administração direta do Poder Executivo.
Comentário do professor Jorge Ulisses Jacoby Fernandes: a evolução nos índices de gestão e governança certamente é algo a se comemorar. Essas mudanças estão associadas ao aperfeiçoamento das práticas gerenciais e com a melhor qualificação do gestor público, o que reflete em uma gestão mais profissionalizada. Com mais conhecimento e conscientização, é possível investir tempo e recursos de forma mais eficaz, evitando-se contratações desnecessárias, aquisições descabidas e gastos supérfluos. O próprio TCU tem investido na oferta de treinamentos para a alta administração, fazendo com que quem está à frente dos órgãos públicos também saibam como adotar boas práticas de gestão. O que ainda está em fase inicial é a implantação de políticas de gestão de riscos, o que certamente trará ganhos salutares para todas as esferas de poder. Ainda há um longo caminho a se percorrer, mas a Administração Pública começa a revelar sinais satisfatórios de evolução no quesito governança e gestão.
Com informações do portal do TCU.