Em razão de uma grave infecção hospitalar após o parto da filha, uma mulher deverá receber indenização de R$ 50 mil da Casa de Saúde Imaculada Conceição. O fato aconteceu em Patos de Minas/MG, região do Triângulo Mineiro. Após o nascimento da filha por cesárea, a mulher sentiu fortes dores abdominais em razão de não ter sido realizada a lavagem intestinal recomendada
Em razão de uma grave infecção hospitalar após o parto da filha, uma mulher deverá receber indenização de R$ 50 mil da Casa de Saúde Imaculada Conceição. O fato aconteceu em Patos de Minas/MG, região do Triângulo Mineiro. Após o nascimento da filha por cesárea, a mulher sentiu fortes dores abdominais em razão de não ter sido realizada a lavagem intestinal recomendada. Mesmo com dores, ela recebeu alta por parte da equipe médica.
Na semana seguinte, teve que retornar ao hospital porque o desconforto não passava. Após realizar uma radiografia, a mulher foi submetida a uma cirurgia no intestino e, por ter ficado em estado grave, foi encaminhada à Unidade de Tratamento Intensivo. A situação piorou e a mãe precisou de auxílio de aparelhos para respirar. Foi quando os médicos constataram infecção generalizada, um quadro em que só tinha 5% de chance de sobreviver. Ela precisou ser transferida para Belo Horizonte e passou por diversas cirurgias, precisando retirar o útero e o apêndice infecionados.
Na defesa, o hospital alegou que a infecção adquirida pela paciente era oriunda da flora bacteriana e que não houve falha da equipe médica na prestação do serviço. Mas a decisão em primeira instância determinou ao hospital pagar R$ 30 mil por danos morais. As partes recorreram da decisão e o relator, Mota e Silva, acolheu o pedido da mulher para que o valor fosse aumentado. De acordo com o relator, a retirada do útero da paciente com 25 anos acarreta-lhe transtornos e abalos psicológicos sérios, os quais devem ser indenizados, afirmou.
Comentário do Prof. Jacoby Fernandes: os hospitais são obrigados a manter um programa de controle de infecções hospitalares, mas a verdade é que poucos possuem equipe especializada para tal atividade. Além disso, falta controle e humanização no trato da vida humana, o que resulta em péssimos atendimentos. Sabemos que os gestores da área de saúde têm de fazer malabarismos com o orçamento, quase sempre muito restrito, mas é preciso endurecer a fiscalização e investir na qualificação das equipes técnicas.
Com informações da Voz do Brasil.