Leilão de 12 aeroportos deve arrecadar mínimo de R$ 2,1 bilhões

A projeção oficial é de que os futuros concessionários invistam R$ 3,5 bilhões em melhorias e na capacidade de atendimento dos aeroportos durante 30 anos.

por Alveni Lisboa

O governo federal espera arrecadar pelo menos R$ 2,1 bilhões em valor de outorga com a concessão de 12 aeroportos, em três blocos regionais. O leilão será realizado hoje, 15, a partir das 10h, na B3, antiga Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo. A estimativa é que até 12 empresas participem do leilão. Os prováveis participantes, mapeados pelo governo, têm capital nacional e estrangeiro, e poderão apresentar suas propostas como consorciados.

A informação foi dada pelo secretário de Aviação Civil, Roney Glanzmann, em entrevista à TV NBR. “Estamos esperando um leilão bastante competitivo, muitos operadores estrangeiros e brasileiros, todos de primeira linha que já operam grandes aeroportos pelo mundo devem participar”, disse o secretário. Conforme o secretário, a projeção oficial é de que os futuros concessionários invistam R$ 3,5 bilhões em melhorias e na capacidade de atendimento dos aeroportos durante 30 anos.

No bloco Nordeste, serão leiloados os aeroportos de vocação turística: Recife/PE, Maceió/AL, Aracaju/SE, Juazeiro do Norte/CE, João Pessoa/PB e Campina Grande/PB. Já no bloco Sudeste, serão concedidos aeroportos que atendem especialmente a indústria de petróleo e gás: Vitória/ES e Macaé/RJ. Por fim, no bloco Centro-Oeste, estarão em negociação os aeroportos que atendem o agronegócio: Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta, todos no Mato Grosso. Juntos estes aeroportos respondem por 9,5% do mercado doméstico, cerca de 20 milhões de passageiros por ano.

Comentários do professor Jacoby Fernandes: a busca por recursos da iniciativa privada para investimentos no setor público tornou-se uma das principais ações do Governo Federal para garantir a ampliação da infraestrutura nacional. Desde o ano de 2015, por exemplo, iniciou um processo de concessão de aeroportos, a fim de ampliar e fortalecer a relação entre o Estado e a iniciativa privada. Em agosto do ano passado, a Infraero publicou Chamamento Público convocando empresas para desenvolver estudos para concessão de áreas aeroportuárias, com intuito de potencializar a prospecção e identificar junto ao mercado a vocação comercial para a exploração das áreas.

Com informações da Agência Brasil.