“Pedaladas” podem virar crédito

Aproveitando o imenso volume de recursos transferido aos bancos públicos e ao FGTS, em razão da determinação do Tribunal de Contas da União – TCU, o Governo Federal estuda ampliar o acesso ao crédito. Foram transferidos R$ 55,8 bilhões dos cofres do Tesouro Nacional para quitar a dívida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o FGTS, o que equivale a 1% do Produto Interno Bruto – PIB do Brasil previsto para 2016.

Aproveitando o imenso volume de recursos transferido aos bancos públicos e ao FGTS, em razão da determinação do Tribunal de Contas da União – TCU, o Governo Federal estuda ampliar o acesso ao crédito. Foram transferidos R$ 55,8 bilhões dos cofres do Tesouro Nacional para quitar a dívida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o FGTS, o que equivale a 1% do Produto Interno Bruto – PIB do Brasil previsto para 2016.

Por enquanto, nada oficial foi divulgado, nem mesmo os possíveis setores beneficiados. A expectativa é que parte dos investimentos seja voltada para o setor habitacional, por intermédio do FGTS, e para o saneamento básico. Atualmente, o trabalhador pode usar o valor armazenado no Fundo de Garantia para aquisição de imóveis. Seria uma forma de aquecer um setor que está em franca decadência nos últimos meses.

Fontes do jornal Valor Econômico que atuam no Governo Federal acreditam que esta seria uma forma de garantir investimentos sem prejudicar a meta de superávit primário do PIB, estipulada em 0,5%.  Isso porque todo o impacto teria sido em 2015, um ano “perdido” do ponto de vista econômico. Os investimentos feitos pelas instituições financeiras e pelo Fundo de Garantia não são classificados como despesa da União, não impactando na meta.

Comentário do Prof. Jacoby Fernandes: a política econômica dos últimos 12 anos sempre foi de estímulo ao consumo, por intermédio de incentivos para empresas e crédito para a população. Era a fórmula encontrada para que o Brasil se mantivesse fora de qualquer crise internacional. Essa estratégia vinha dando certo até 2015, quando a presidente Dilma Rousseff precisou realizar um imenso ajuste fiscal nas contas do País. Joaquim Levy, oriundo do Banco Bradesco e economista tradicional, foi escalado para guiar esta arrumação das contas públicas, mas optou pelo caminho visto como errado por integrantes do governo e outros especialistas: aumento de impostos, criação de taxas, fim dos incentivos, reformas e arroxo fiscal.

Com a mudança no comando do Ministério da Fazenda e a nomeação de Nelson Barbosa, apostou-se na tática da antiga política econômica novamente. Logo, este “rumor” possui bastante fundamento, pois segue um padrão de atuação econômica que já vimos em um passado recente. Quem ganha é a população de baixa renda, que poderá gozar de mais infraestrutura e conseguir o tão almejado sonho da casa própria.

Fonte: Valor Econômico.

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