Renegociação da dívida dos estados é destaque do Congresso nesta semana

O Plenário da Câmara dos Deputados agendou para hoje, 19, e amanhã, 20, os debates em torno da renegociação da dívida dos estados – PLP nº 257/2016. O Projeto, que já havia sido aprovado na Câmara, foi alterado pelos senadores, que estabeleceram contrapartidas mais rígidas para renegociação das dívidas dos estados em calamidade financeira: Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O Plenário da Câmara dos Deputados agendou para hoje, 19, e amanhã, 20, os debates em torno da renegociação da dívida dos estados – PLP nº 257/2016. O Projeto, que já havia sido aprovado na Câmara, foi alterado pelos senadores, que estabeleceram contrapartidas mais rígidas para renegociação das dívidas dos estados em calamidade financeira: Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em razão da alteração substancial, os deputados precisarão rever o projeto e dizer se concordam ou não com as mudanças.

O PLP nº 257/2016 estabelece que os estados em crise poderão aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, que suspende as dívidas. Para tanto, deverão aprovar, na forma de lei estadual, um plano de recuperação com medidas de ajuste fiscal: programas de privatização; elevação da contribuição previdenciária dos servidores ativos e inativos para, no mínimo, 14%; redução de incentivos fiscais; adoção de novas regras previdenciárias; e a possibilidade de redução da jornada de trabalho para também diminuir proporcionalmente os salários.

Essas exigências são aspectos que não estavam previstos na versão aprovada pela Câmara, em agosto. O texto dos deputados apenas alongava o tempo de financiamento das dívidas por até 20 anos se os entes cumprissem medidas de restrição fiscal, sem maiores detalhamentos. Se aceito, o texto seguirá para sanção presidencial. Caso haja novas mudanças, retornará ao Senado para rodada de debates.

Comentário do professor Jacoby Fernandes: excelente intervenção dos senadores. Os servidores são peça fundamental na máquina pública e precisam ser tratados com tal importância. Não podem ser tratados como os vilões da crise financeira. Em vídeo gravado no auge da crise, já havia sugerido essas e outras mudanças. Tais medidas impostas às unidades federativas vão assegurar o direito dos servidores, evitando demissões e atrasos salariais e causando impactos positivos nas contas públicas. Que esse arrocho financeiro oportunize a reflexão, o planejamento, a ação com foco no resultado e a eficientização do serviço público.

Fonte: Agência Câmara.

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