Robôs do TCU fiscalizam possíveis fraudes em licitações

Os robôs ajudam na análise dos editais, auxiliam os auditores do TCU a redigir textos, entre outras atividades.

Por Kamila Farias

Alice, Sofia e Monica são três robôs que auxiliam o Tribunal de Contas da União – TCU na tarefa de fiscalizar a existência de fraudes em licitações. Os robôs ajudam na análise dos editais e auxiliam os auditores a redigir textos.

Todos os dias, a Alice lê as licitações e editais publicados nos Diários Oficiais, coletando o  número de processos por estado, assim como o valor dos riscos de cada um. Com esses dados, o robozinho ainda cria um documento apontando se há indícios de fraudes. Já o Sistema de Orientação sobre Fatos e Indícios para o Auditor é também conhecido como Sofia. O robô é um corretor que auxilia o auditor na hora de escrever um texto, apontando possíveis erros e até sugerindo informações relacionadas às partes envolvidas ou ao tema tratado. O trio fica completo com Monica, que é a abreviação de Monitoramento Integrado para Controle de Aquisições. Ela traz informações sobre as compras públicas na esfera Federal, incluindo os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público.

Além das três robôs, fazem parte das ferramentas de trabalho do tribunal de contas 77 diferentes bancos de dados. Eles incluem os registros de contas governamentais, a composição secretária das empresas pelo CNPJ, contratações que tenham recursos públicos e as informações sobre os servidores públicos processados por instâncias de controle.

Comentário do professor Jacoby Fernandes: enxergar as múltiplas possibilidades do uso de tecnologia da informação é fascinante. O esforço dos diversos órgãos da Administração tem frutificado em exemplos eficientes que dão cumprimento aos princípios administrativos, em especial os da transparência, economicidade, publicidade e eficiência. O uso de inovações tecnológicas pode servir para o aperfeiçoamento da prestação dos serviços e redução de custos com o modelo existente, figurando mais como um investimento em eficiência que como gasto em si. Por isso, a Administração Pública precisa buscar, entre as ferramentas disponíveis, aquelas mais adequadas para efetivar a prestação dos serviços públicos para todos os seus administrados.

Com informações do portal Conjur.