Segundo a Corte de Contas, as micro e pequenas empresas tiveram desempenho positivo na geração de empregos. Já para as médias e grandes organizações, não houve uma conclusão definitiva dos auditores.
Por Alveni Lisboa
Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União – TCU mensurou o retorno ou impacto das operações no BNDES para a sociedade. Foram analisados o desempenho das ações em relação à capacidade de geração de emprego, produtividade, investimento e exportação. O levantamento avaliou que a ajuda do BNDES foi fundamental para as empresas manterem seus investimentos na crise de 2008, mas que isso não continuou no período pós-crise. A equipe de auditores se debruçou sobre 33 estudos técnicos realizados a partir de 1997.
Segundo a Corte de Contas, as micro e pequenas empresas tiveram desempenho positivo na geração de empregos. Já para as médias e grandes organizações, não houve uma conclusão definitiva dos auditores. No quesito produtividade, seis dos oito estudos analisados apontam que não houve relação entre os financiamentos do BNDES e os ganhos diretos no aumento da produção.
A dimensão exportação foi a que apresentou resultados mais convergentes. As empresas financiadas pelo BNDES tiveram melhor desempenho no volume de vendas ao exterior e menor risco de deixar o comércio internacional do que aquelas que não tiveram acesso ao benefício. O TCU fez uma série de recomendações ao BNDES para que seus investimentos estejam em conformidade com as metas do PPA e na LDO.
Comentários do professor Jacoby Fernandes: é interessante ressaltar que, segundo o TCU, o auxílio do BNDES teve impacto positivo nas micro e pequenas empresas. Esse é o segmento econômico mais frágil do cenário econômico brasileiro, porém um dos mais relevantes, já que congrega o maior número de empregos gerados no país. As pequenas e médias empresas sustentam as economias regionais, por isso precisam sempre de incentivos financeiros, fiscais, de linha de créditos diferenciadas e do apoio da Administração Pública, inclusive na participação de licitações menores na condição de ME/EPP. Com o devido apoio, o empreendedor, que é grande por natureza, consegue alavancar seu negócio e trazer desenvolvimento para o país, conforme preconiza o próprio BNDES.
Com informações da Assessoria de Imprensa do TCU.