A negociação com os bancos faz parte de um pacote de medidas que estão em estudo para reduzir a tarifa de energia. Há, ainda, uma medida provisória que está sendo criada pelo governo para garantir a continuidade do serviço de distribuição de energia no Amazonas.
por Alveni Lisboa
O governo federal está negociando com um grupo de bancos a antecipação de R$ 4,5 bilhões de um empréstimo tomado para reforçar o caixa das distribuidoras em um período de crise hidrológica e alto custo térmico. A expectativa dessa medida é que o compromisso com o banco diminua e, juntamente com isso, o valor conta de luz caia, já que ele é utilizado para pagar o empréstimo.
A negociação com os bancos faz parte de um pacote de medidas que estão em estudo para reduzir a tarifa de energia. Há, ainda, uma medida provisória que está sendo criada pelo governo para garantir a continuidade do serviço de distribuição de energia no Amazonas. A ideia é permitir que uma empresa vencedora de licitação administre temporariamente a distribuidora até que seja definitivamente leiloada.
A Amazonas Energia está sob a gestão da Eletrobras, mas os acionistas da estatal já decidiram que só ficarão com a distribuidora até 31 de dezembro. Antes disso, no dia 26 de novembro, ela irá a leilão. Se mais uma vez não aparecer comprador, será administrada por terceiro, segundo as regras previstas na MP que está sendo elaborada. A intenção é que o passivo da empresa continue com a Eletrobras e que, no futuro, em novo leilão, seu comprador leve apenas o ativo.
Comentários do professor Jacoby Fernandes: a Eletrobras passa por um processo de privatização, com venda de suas distribuidoras e subsidiárias, por isso essas instabilidades são esperadas e devem ser tratadas com o máximo de zelo pela equipe econômica. É importante essa cautela do governo para evitar que o consumidor final pague o preço das questões gerenciais. O cidadão já é duramente onerado por impostos, taxas e cobranças elevadas, não podendo suportar mais esse peso no seu orçamento. A redução da conta de luz é um alívio para todos, principalmente para os pequenos e médios empresários.
Com informações do jornal DCI.