Até 2019, o governo espera economizar mais de R$ 20 bilhões, sendo R$ 15 bilhões referentes à suspensão de auxílios-doença pagos indevidamente
por Alveni Lisboa
O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, declarou ontem, 16, que as revisões de benefícios pagos pelo governo como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez deverão gerar uma economia anual de R$ 8 bilhões a partir do ano que vem. Até 2019, o governo espera economizar mais de R$ 20 bilhões, sendo R$ 15 bilhões referentes à suspensão de auxílios-doença pagos indevidamente.
De acordo com Beltrame, as perícias feitas pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS com o objetivo de trazer de volta ao mercado pessoas que já recuperaram a capacidade de trabalho serão as principais responsáveis pela economia. Hoje, as estimativas indicam quase 1 milhão de trabalhadores nessas condições. Nos últimos cinco meses, 700 mil perícias foram realizadas pelo INSS.
Beltrame e outros ministros do núcleo social apresentaram os dados em reunião com o presidente Michel Temer que teve como meta apresentar um balanço sobre as ações na área nos últimos dois anos. Após o encontro, o ministro do Desenvolvimento explicou que os assessores de Temer deverão entregar um “relatório consolidado” sobre as ações realizadas no período e do que ainda resta a fazer nos últimos quatro meses de governo.
Comentários do professor Jacoby Fernandes: se o trabalhador está apto a retomar suas atividades, deve retornar imediatamente ao trabalho e cessar o recebimento do auxílio-doença. Além de ser antiético, quem recebe qualquer tipo de benefício sem ter direito legalmente adquirido está incorrendo em prática criminosa. A lesão aos cofres públicos gera efeitos devastadores para a economia do País, o que tem impacto em toda a sociedade brasileira. É necessário que o governo mantenha as medidas severas de combate ao pagamento irregular de auxílios e, com isso, garanta segurança financeira para que os verdadeiros necessitados possam gozar dos benefícios a eles concedidos.
Com informações da Agência Brasil.