Alguns consideraram positiva a postura de Bolsonaro por considerar que isso facilitará a tramitação da proposta. Outros parlamentares e lideranças, contudo, criticaram a medida por demonstrar um suposto medo de derrota antes mesmo de a proposta começar a tramitar.
por Alveni Lisboa
Ontem, 29/02, o presidente Jair Bolsonaro admitiu estar aberto a negociar mudanças na proposta de reforma da Previdência. Duas mudanças citadas por ele seriam rever o Benefício de Prestação Continuada – BPC e reduzir para 60 anos a idade mínima para mulher se aposentar. Segundo o portal G1, a postura dividiu opiniões de líderes partidários da Câmara.
Alguns consideraram positiva a postura de Bolsonaro por considerar que isso facilitará a tramitação da proposta. O líder do governo, por exemplo, disse que a abertura ao diálogo foi resultado de conversas entre Bolsonaro e os parlamentares. Outros parlamentares e lideranças, contudo, criticaram a medida por demonstrar um suposto medo de derrota antes mesmo de a proposta começar a tramitar.
Considerada prioritária pela equipe econômica, a proposta com mudanças nas regras de aposentadoria foi enviada na semana passada ao Congresso Nacional. Só deve começar a tramitar após o Carnaval, com a instalação da Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, prevista para o dia 12 de março. Dentro da CCJ, provavelmente. será criada uma subcomissão para conduzir exclusivamente os trabalhos da reforma.
Comentários do professor Jacoby Fernandes: uma análise criteriosa é fundamental por parte dos deputados e senadores. A reforma da Previdência deve ser efetiva, eliminando privilégios e distorções, para equalizar um problema grave da Administração Pública e Economia. A reforma estabelece medidas mais drásticas e até necessárias, que devem, entretanto, ser tomadas com extrema cautela, evitando injustiças com aqueles que detém menor poder econômico e, portanto, mais vulneráveis. Como parte do processo democrático, a versão remetida ao Congresso Nacional certamente será alterada após intensos debates a serem realizados na Câmara e no Senado.
Com informações do Portal G1.